CARACTERÍSTICAS PARA DECIDIR QUAL O MELHOR CABO PARA CAIXAS DE SOM
1 – Bitola do cabo
Na verdade, não existe um padrão para a bitola do cabo para caixa de som. Muito pelo contrário: quanto menor ela for, maior a sua resistência. Então se o receiver do home theater for potente, um cabo de som com bitola muito baixa vai fazer com que o sistema perca potência.
Mas atenção, porque a bitola é medida pela seção transversal do cabo, de acordo com a quantidade de material de condução, e não pelo diâmetro. Para isso é preciso uma ferramenta, chamada de micrômetro.
Para reduzir os efeitos da resistência, quando a distância é longa é melhor usar cabo de maior bitola.
2 – Tipo de filamento
Outro ponto importante é o tipo de filamento que compõe o cabo para caixas de som: cobre normal, cobre OFC (Oxygen Free Copper) e cobre CCA (Copper-clad Aluminium).
O cabo CCA tem o filamento formado por alumínio forrado por cobre. No entanto, o mau dimensionamento entre estes materiais pode gerar perdas significativas de áudio, já que o alumínio tem menor condutividade do que o cobre.
Cobre normal x OFC
Estes dois tipos se diferenciam pela quantidade de impurezas por milhão de moléculas. O cabo de cobre normal tem ótima condutividade. Já o cabo OFC passa por um processo de purificação que melhora a condutividade do sinal.
Dessa forma, o cabo de som para home theater ou sistema estereo fica com quase cinco vezes menos moléculas do que um cabo de cobre normal.
3 – Capa de PVC
Este é outro ponto importante. Quando a capa de PVC é muito emborrachada, a passagem pelo eletroduto é prejudicada. Mas, além disso, a capa grossa também pode induzir o consumidor a pensar que se trata de um cabo de áudio mais grosso do que realmente é.
Assim, a capa de PVC deve ter espessura suficiente apenas para proteger o diâmetro da seção do cobre, então vale a pena ficar atento se ela for muito grossa.
4 – Flexibilidade e condução
Ao decapar vários cabos para caixas de som é possível notar que a quantidade de filamentos varia de acordo com o fabricante. Então quanto mais fino o filamento, a seção fica preenchida, aumentando a condutividade do cabo de áudio.
Assim, quando o filamento é muito grosso acaba ficando um espaço entre eles. O fio fica espesso, mas como há menos filamentos, a transmissão também é menor.
Por isso, pode ser que na hora da conferência o taquímetro aponte o tamanho correto, mas se os filamentos são muito grossos há um espaço vazio entre eles que gera perda de transmissão.
Por outro lado, quanto mais condutores em seu interior, maior também a resistência mecânica do cabo de caixa de som.
5 – Torção do cobre
Há um processo de fabricação do cabo para caixa de som no qual os filamentos de cobre são torcidos entre si para que caiba uma quantidade maior ocupando menos espaço.
Assim, a circunferência e, consequentemente, a área disponível para o tráfego do sinal ficam maiores. Esta torção é chamada de rope lay.
Esta técnica favorece o desempenho do produto, principalmente nos cabos polarizados de alta definição, melhorando a resposta dos agudos.
6 – Blindagem
Cabos de boa qualidade são aqueles que possuem blindagem de alta densidade e suportam altas temperaturas.
Existem diferentes técnicas de blindagem, mas, no geral, ela é feita por uma folha metálica em um filme de poliéster ou de polipropileno. Essa “capa” deve proteger toda a extensão do fio, além da malha.
O resultado disso é reduzir ou eliminar ruídos causados pela interferência de outros sinais eletromagnéticos do ambiente. Tal interferência é mais frequente quando há compartilhamento de eletrodutos nas paredes, passagem de fio perto da rede elétrica etc.
Dicas finais
Sempre invista seu dinheiro em cabos condizentes com o padrão dos seus equipamentos.
Da mesma forma que um cabo inferior não funciona bem em um equipamento de maior qualidade, não adianta gastar com o melhor cabo e não se preocupar com o resto do projeto, o que inclui não só as escolhas certas de equipamento, mas também seu posicionamento estratégico e instalação correta.
Além do cabeamento estruturado, outra coisa que pode fazer uma grande diferença na sua experiência é ter um projeto de sonorização personalizado.
Ao invés de ir a uma loja e comprar itens com base em projetos de som ambiente padrão, você envia a planta da sua casa a uma equipe profissional e informa seus desejos, necessidades e orçamento.
Tudo isso permite a criação de uma solução exclusiva e ideal para você, sua casa e seu bolso.
Inclusive, você não ficará em dúvida sobre que tipo de cabo, bitola ou conector adquirir, pois terá a ajuda de especialistas o tempo todo.
Por fim, uma última dica para explorar ao máximo a sonorização ambiente é automatizá-la. A integração com a automação residencial permite que você crie cenas (configurações) especiais e controle todos os equipamentos com muito mais praticidade, usando o celular, a Alexa e outras interfaces.
Você também pode automatizar outros itens, como vídeo, iluminação e climatização, para ter uma experiência ainda mais completa e divertida.